terça-feira, 25 de maio de 2010

A Queda.

Cai... como um Deus cai do Olimpo, quebrei em mil pedaços, perdidos no ar, terra e mar.
Cai em pedaços que não mais poderão se juntar, daqui pra frente, serei no máximo um ser incompleto.
Queda essa, que durou meses, caí por falta de ajuda, falta de humildade para pedir ajuda.
Culpa também da minha prepotência, que me cegou, me fez acreditar ser incrível, invencível.
Bobo que fui, perdi toda a paixão que tinha, toda a audácia que me fazia ser o tal ser incrível. No momento, não sou nada mais que o próprio nada... nada me importa, nada me é necessário, nada me motiva, nada me instiga.
Até palavras me faltam, escrevendo ou falando, vejo aonde fui parar, mal conheço tal lugar.
Esperança já se despediu há tempos, pena que só percebi agora.
Já não gosto de uma conversa boba e sem sentido, tampouco das conversas interessantes. Perdi a capacidade de concentração, perdi a vontade de falar, respirar. Me perdi nesse caminho, caminho que não parece ter volta.
A inércia é o meu melhor estado, a única mudança que ocorre se dá pela chegada da tristeza, bate e dói, dói demais.
Mas depois passa, a vida vai me levando, sem rumo, sem sentido, sem nada.
Não há música, palavra, sorriso ou abraço que me cure. Piedade, vida. Só piedade.

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