domingo, 24 de fevereiro de 2013

Queria ser Moody, Morgan e Teller.




Quis ter casa na serra. Quis morar na praia. Quis viver poesia, o ordinário. Nunca ter filhos. Quem sabe um ou dois. Fui do zero ao mil, e voltei, e parei no meio, e fui devagar, e vim correndo. Falei tudo podendo dizer nada. Nada disse precisando falar tudo.
D'um longínquo ao extremo oposto, nada supera a necessidade de preenchimento, do vazio que habita a pobre alma, do cansaço na busca pela felicidade própria, suprema satisfação. Do peso carregado pelo e para o alheio, da exaustão mental, do esgotamento físico.
Produto dos fazeres da vida, da honradez extrema, do silêncio em favor do fraco, da loucura próxima, das prisões físicas impostas as mentes do que sonha, das reprimendas falhas durante a vida, do calar em forma de amor aos custos da automutilação.
Tudo progressivamente mais distante, causando estranheza a quem sente e normalidade a quem vê.
Resultando na frieza inconsequente e se apaixonando racionalmente.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Nada tem sido fácil, nada.

Nada tem sido fácil, nada.
Cá estou eu, tentando entender o motivo de tudo, o motivo de tentar entender.
Abri a área de posts do blog e vi dois 'não postados', na verdade, vi vários, esses dois não tinham título e eu realmente não sabia do que se tratavam. Pois bem, abri os dois posts, e o que tinha lá? Surpresa... eu previa algo bem intenso, like what I am; não, havia nada, ou não havia nada - tanto faz.
Nada, é isso. Ultimamente, nada.
Hoje eu poderia ter ganhado algum dinheiro, poderia ter ido para duas festas... não ganhei dinheiro, não fui para festa alguma. Queria ter feito algo, não fiz nada. Não queria fazer nada, não fiz nada, e estou aqui - nada.
Ás vezes eu tenho vontade de ir à praia, mas ir sozinho, então penso que vai ser muito solitário, e quando posso ir com alguém, muito barulhento. É bom ter alguém pra te suportar e não reclamar, pena que não é sempre.
Todo esse nada vem do nada. Nada está como antes, mudei tudo, nada ficou para trás. Nada muda essa necessidade de sentir algo, algo que não sei o que é, o que no máximo me faz esquecer essa necessidade é.. sei lá o que, é algo, muitos algos. Nada disso precisa fazer sentido, eu nem sei se quero saber o sentido, só queria saber o motivo dessa falta de sentir que eu tenho, essa falta de equilíbrio, essa briga eterna entre o correto e o errado, a alma e a carne.
'Só' quero um meio termo, queria ser menos extremista, queria ser menos intenso, até nesse inferno de 'nada' eu sou intenso, até quando sonho é algo intenso.
Certas pessoas reclama do excesso de normalidade na vida, mal sabem que esse lado é bem pior.
Assim como comecei esse algo que chamo de texto, vou terminando no nada. Sabendo nada de nada, querendo tudo e tendo nada, tendo tudo e querendo nada, vivendo em meio ao nada.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Galeria da vida.

Grandes obras
estátuas vivas
se movem, choram

A galeria
incompleta, necessitada;
sempre pedinte
uma, só mais uma

almas prisioneiras,
reféns da insegurança
O colecionador

O que fazer?

Milhares de livros, milhares de vidas, milhares de pensamentos. Nenhuma fórmula.
Essa é a vida, sem rumo, razão, só emoção.
Horas passam, dias, meses. A melhora é gradativa e lenta, e os problemas veem a galope.
Galope de um cavalo vermelho, ardendo em fogo, chamado vida.
Na cabeça dos outros você é um 'monstro', insensível, cruel, vingativo... sua vida é simples e ruim, daí cansa e decide mudar, afinal, tristeza vem e você foge, enfrentar é para os fracos. Vale lembrar... 'cabeça dos outros'.
Você muda, sofre, chora. Passa por toda essa mudança se equilibrando entre o desespero e a loucura, como sempre, fugindo.
Processo acabado, conselhos seguidos, mudança completa. Mais problemas, mais reclamações, menos soluções.
Um lado não dá certo, o outro também não, quantos mais lados devo experimentar até desistir?

Fuck off, i don't wanna be a soldier.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Perfume de enxofre.

Cabelos cor de sangue,
pele límpida, reluzente
angelical, provocante

mulher, amante
leve caminhar,
doce despertar

só resta acreditar,
um dia minha será
meu inferno, salvação.

sábado, 31 de julho de 2010

Revés.

Qualquer ser infortunado que vaga pelo universo tem os próprios instintos. Os instintos tem um único objetivo, a sobrevivência, a vitória. Como um ser vivo, e infortunado, posso dizer que qualquer um de nós, qualquer CEO, qualquer operário, é comandado pelo próprio instinto.
Não adianta negar, pesquisar estudos 'comprovando' o contrário, no fim, é tudo instinto.
Já que o instinto é vencer, sobreviver, as ações são todas voltadas para esse objetivo. A expectativa é criada, planos já são feitos através da certeza da vitória, glorificando o próprio ser, ou ego, como quiser.
Tão certo como o instinto, é a competição. Afinal, todos querem vencer, para haver um vencedor, você já sabe...
E chega o grande momento, que todos esperam, que todos almejam... e... a derrota. Revés.
É, lendo já é triste, agora imagine sentindo, sentindo em todo o seu corpo o peso da derrota, corpo que estava cheio de sede e certeza de vitória... espera, não imagine, na verdade, relembre.
A derrota dói, cria uma ferida que cresce conforme o tempo, e também conforme o tempo é sanada. Simples assim. Simples para quem lê, não para quem sente. Nesse meio tempo ocorrem várias tentativas de cura, tortura, ignorância, nenhuma funciona, nenhuma deixa de ser tentada.
Não há como aprender a perder, só há como aprender a ganhar, e assim a vida segue seu rumo, como um rio e seus afluentes, perdendo e ganhando força ao longo do caminho.
Puramente instinto, sem escolhas.

sábado, 12 de junho de 2010

Copa, patriotismo, Brasil...

Foda-se a Copa, que serve pra iludir o povo. Foda-se o o patriotismo que só existe com o futebol. Foda-se o Brasil.
Não entendo essa hipocrisia em torcer e se envolver com um esporte, e ao mesmo tempo largar de mão o rumo de um país. Não entendo a falta de critério em elogiar um governo e criticar o outro, são quase iguais.
Não entendo o povo brasileiro, sofrido e calejado, consequências de um passado que deveria ter ensinado a não repetir os erros que são e serão cometidos novamente.
Não entendo a sociedade que teima em ignorar os problemas e que age como a sociedade anterior, que era tão criticada.
Não entendo a boa cultura que é escondida e a exaltação do lixo cultural presente nas tardes de domingo.

Não entendo os pais que tem a mesma atitude que antes criticavam.
Não entendo o eterno rótulo de 'geração perdida'.
Não entendo a vontade de ter mais e ser menos.
Não entendo as famílias que só se reúnem em volta da TV.
Não entendo porra nenhuma desse país que assiste a novela das oito, que começa as nove.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Saudade.

Sentimento mais ridículo... saudade.
Te deixa sem poder de concentração, independentemente da situação.
Bem, não gosto nenhum pouco de ter saudade, e quem diz 'gostar' de ter saudade, é puramente movido pela falta do que sentir, tédio extremo, e tenta se entreter com outros sentimentos.
Pois então, depois de te ofender, vou falar sobre o que sinto em relação a 'saudade'.
Sinto profundo ódio por esse sentimento, não há modo de pará-lo, controlá-lo ou qualquer outro 'lá-lo'.
Tenho que ser sincero, não sou um ser acostumado a sentir saudade, tive sorte, até bem pouco tempo atrás.
Hoje, sinto saudade de quem não deveria, sinto saudade de quem nunca foi meu, de alguém que foi e rejeitei.
Saudade que me corrói por dentro, assim como a água sobre o ferro, ação lenta e que destrói, sem volta.
Não consigo interromper a saudade, não consigo esquecê-la, evitá-la.
Não entendo como há quem saiba conviver com isso, durante toda a vida.
Enfim, aqui vou eu, cada dia mais humano, quem diria...

A Queda.

Cai... como um Deus cai do Olimpo, quebrei em mil pedaços, perdidos no ar, terra e mar.
Cai em pedaços que não mais poderão se juntar, daqui pra frente, serei no máximo um ser incompleto.
Queda essa, que durou meses, caí por falta de ajuda, falta de humildade para pedir ajuda.
Culpa também da minha prepotência, que me cegou, me fez acreditar ser incrível, invencível.
Bobo que fui, perdi toda a paixão que tinha, toda a audácia que me fazia ser o tal ser incrível. No momento, não sou nada mais que o próprio nada... nada me importa, nada me é necessário, nada me motiva, nada me instiga.
Até palavras me faltam, escrevendo ou falando, vejo aonde fui parar, mal conheço tal lugar.
Esperança já se despediu há tempos, pena que só percebi agora.
Já não gosto de uma conversa boba e sem sentido, tampouco das conversas interessantes. Perdi a capacidade de concentração, perdi a vontade de falar, respirar. Me perdi nesse caminho, caminho que não parece ter volta.
A inércia é o meu melhor estado, a única mudança que ocorre se dá pela chegada da tristeza, bate e dói, dói demais.
Mas depois passa, a vida vai me levando, sem rumo, sem sentido, sem nada.
Não há música, palavra, sorriso ou abraço que me cure. Piedade, vida. Só piedade.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Autocrítica.

Não farei a definição desse tema, paciência me falta e a definição é desnecessária. Até porque se você não conhece a definição, necessita do próprio tema..
Então, autocrítica é um dos tantos outros quesitos indispensáveis para a evolução pessoal.
Pois bem, assim como os outros tantos quesitos, está em falta no mercado.
Gostaria muito que a maioria das pessoas olhasse para o seu passado e sentisse vergonha, pois é o sinal de que evoluiram. Só que infelizmente, para o azar do mundo, poucas pessoas conseguem olhar para o passado... e apenas uma pequena parcela dessas mesmas pessoas consegue ver alguma evolução.
Fico pensando, imaginando qual seria o julgamento de certas pessoas, sobre as próprias ações, se orgulhariam ou sentiriam pena de si?
Gostaria que essas pessoas entendessem o meu ponto de vista, não quero julgar alguém - não hoje - no intuito de classificar como pior ou melhor... queria apenas que se deixassem livres para ver de um modo diferente, com uma ótica nova.
Palavras de um romântico que está preso a própria armadura, mas que ainda mantém o mínimo de esperança na humanidade.